terça-feira, 26 de maio de 2009

O fim do blog... O futuro a Deus pertence!



O futuro... nossos sonhos... a vida a dois, a vida em comunidade... a vida no Brasil....
Tudo que eu falar do futuro aqui, parecerá muito utópico, pois vivemos agora um sonho, estamos começando uma vida nova, mas estamos começando como se fossemos duas crianças, com aqueles olhos curiosos, sem malícia, sem expectativas. Com um medo como o primeiro dia de escola e uma coragem como quando tiramos todas as rodinhas da bicicleta.
Desisti de planejar, ou programar... crianças não planejam... Deus vai nos guiar, nos acompanhar nessa nova jornada e está entregue a Ele o futuro. Só sei que vou curtir cada momento e que ainda terei muita história pra contar, porque nesse momento começa a minha familia, a minha comunidade, a minha cidade, o meu país... Me emposso de tudo pra que me sinta em casa e faça meu marido assim também se sentir.
Pra quem está curioso sobre as datas e planos, fique curioso... posso dizer que esse é o último post desse blog e agradeço aos que acompanharam minhas aventuras e retribuíram com carinho nos comentários ou por emails. E posso adiantar que semana que vem começa a nova fase da nossa vida...

O plano: Sorrir!


Arpoador, me espera que eu to chegando!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Os contras...e haja paulada na cabeça

Bom, segue o momento de falar dos contras. O que poderia ser mais contra que a própria saudade?
O maior problema desses 10 meses foi lidar com uma saudade tão grande e de tantas coisas e pessoas ao mesmo tempo. Porque eu já estava acostumada a lidar com alguma saudade, como a de meu avô na mesa de almoço... mas era uma saudadezinha aqui, outra ali... nada tão gigantesco como a saudade de todos e de tudo...
Sou o tipo de pessoa que quando me dava na telha de ver alguem, eu simplesmente entrava num onibus e ia ver. Aqui a palavra “simplesmente”se transformou em “dificilmente”... tudo aqui é dificil... e depois de 10 meses aqui a minha opinião (que fique claro que é opinião e não uma verdade) é que não há brasileiro feliz morando nos EUA, há brasileiro acostumado com os EUA e até com um certo medo do Brasil, da nossa “selva”de diversidade.
Não acredito nem que haja americano feliz, porque quem não conhece a felicidade não pode sentir falta dela e nem saber que ela não se encontra em sua vida.
O que me faz acreditar em tudo isso?! Simples! Onde não há comunidade, não há fraternidade, não há amor... e talvez seja por isso que a maioria dos brasileiros que morem aqui, como os mexicanos, os filipinos e outros, procurem logo a comunidade de sua terra, ou uma igreja... pois é o mais próximo que se pode ter de comunidade e enfim ter 1/4 da felicidade que eu estava acostumada a ter no RJ. Se você assiste Friends e acha que vai chegar aqui e ter ½ duzia de pessoas que vão ser seus amigos, jantar na sua casa, assistir um filminho numa tarde chuvosa, está enganado. Aqui o buraco é mais embaixo, tempo é dinheiro e amigos amigos negócios a parte.
Sei que todo esse discurso parece pessimista e talvez precipitado para uma pessoa que passou apenas 10 meses no lugar, mas eu sou o tipo de pessoa que acredita nas primeiras impressões e também dá muito valor as mudanças das primeiras impressões, coisa que nunca aconteceu comigo nem com nenhuma brasileira que conheci aqui em Las Vegas. Nenhuma delas me disse: - um dia vai melhorar, um dia vc vai ser bem aceita, um dia vc vai ter amigos. Não. Todas elas me ensinaram a arte de viver sozinha, não confiar em ninguém, e que sempre me tratariam diferente pois sou e sempre serei “mexicana”. (porque aqui em Las Vegas todo mundo que é de outro país é mexicano, acho que até os chineses...rs)
Tudo isso me deu essa saudade imensa das coisas simples, de sentar no sofa de casa pra assistir TV com minhas amigas, chamar meu amigo João pra comer la em casa quando minha mãe tava viajando só pra ter a companhia agradável dele e depois comer uma bomba de chocolate na parme. Coisas assim, simples... o onibus, a feira, a praça, a Lapa, o buteco, a livraria, o ccbb...
Passando essa parte, outra dificuldade foi a alimentação. Cheguei aqui vegetariana, comendo super bem, e acabei por desisitir da minha dieta vegetariana por falta de opção e um pouco de frio também. Legume e verdura aqui é coisa de gente rica, fruta uma porcaria, tem gosto de nada. As únicas frutas que prestam e que eu me empanturrei são as vermelhas (morango, framboesa, blueberry, amora). E legumes e verduras são bons, mas caros (se você, como eu, é adepto aos organicos). E dalhe brócolis e abobrinha até os borbotões... Quando chegar em casa não quero ver brócolis e abobrinha por um bom tempo. Carne é ruim e sempre vai ser ruim, como meio que entojada sabe?! Mas tenho que admitir que o sushi é um momento de alegria... (mas também é muitooo caro)
Outro problema foi a tentativa de ser assistente social aqui... eu quase que tenho que fazer faculdade de novo. O serviço social é sim uma profissão local, quem fez faculdade na América do Sul, não poderá (com facilidade) exercer a função na América do Norte. E adivinhem só o agravante?! Eles queriam que eu pedisse pra minha faculdade no Brasil escrever uma carta detalhada de todas as disciplinas que eu cursei, em inglês, é claro. Agora imagina eu pedindo pra UFRJ isso... parece piada... mais piada era eu tentando explicar pra tiazinha que atendeu o telefone do Conselho dos EUA que a minha faculdade era publica e que dificilmente eu encontraria alguém pra redigir esse milagre que ela estava me pedindo. A tiazinha falou muito educadamente: - ok. Quando vc resolver esse problema volta a ligar. (Tu tu tu)
A tentativa de ser baba pra uma assistente social também foi um Deus nos acuda, porque eu como baba sou otima assistente social, fico dando pitaco em tudo. O bom foi que encontrei uma mãe louca que gostava de pitacos, mas demorou um pouco até eu acha-la. (acho que ela era diferente das outras porque era de Nova York, todo mundo me diz que o povo de NY é diferentão mesmo)
Ainda tinha os probleminha, ou melhor as comédias da minha vidinha... bicicleta quebrada no meio da rua, tombo de bicicleta, 5 horas esperando onibus que não tinha lugar pra minha bicicleta, neve em Las Vegas depois de 30 anos, um frio do cão e eu de bicicleta, onibus quebrado, onibus lotado, onibus vazio com só mais um passageiro bebado e drogado me olhando de maneira esquisita, trocador mexicano fazendo piada do meu ingles, tombo de bicicleta, andar com o bebe num frio de bater queixo, andar com o bebe num calor escaldante, a brisa daqui que parece o bafo de um dragão, blackout no dia mais frio do ano = sem luz, sem aquecimento, sem fogão, colocar 20 roupas pra atravessar a rua e ir a casa da minha vizinha, chegar a casa da vizinha tirar 10 das 20 roupas, entrar, conversar 5 minutos e colocar as 10 roupas faltantes pra atravessar a rua de volta pra casa, desistir de ir a casa da minha vizinha, ventania, tombo de bicicleta, chegar numa academia do tamanho da Lapa e não ter lugar pra malhar, fazer sauna com chinesa fedorenta e pelada, fazer yoga na sauna com muitas pessoas fedorentas, ouvir as conversas sobre silicone no banheiro da academia, sair da academia de bicileta cansada e já de noite, tombo de bicileta, realizar que eu tenho mais cicatrizes na minha perna hoje do que eu tinha quando criança, começar a planejar a mudança, no mês de calor a La Poderosa resolve não funcionar o ar condicionado, passar horas na caminhonete cozinhando, comprar caixas, comprar roupas, comprar cansa... encaixotar... e cá estamos... encaixontando! Último estresse de Las Vegas...
E que venham os problemas e as graças da nova fase da vida....

terça-feira, 19 de maio de 2009

Porque há flores no deserto!!


Os bons aprendizados... as boas experiências...
Começando do principio da minha estada: eu viajei pela Costa do Pacifico e foi lindo, eu perdi muitos medos e inseguranças com essa viagem, aprendi que esse negócio de generalizar homem é uma besteira, que há homens bons que tratam, sim, com respeito uma mulher. Conheci a California e Seatle e amei... além de mais a frente ter conhecido Los Angeles e ter amado também.
Na volta da viagem nós decidimos nos casar e com essa decisão eu percebi o quanto valeu a pena ouvir todos os conselhos de mãe e avó, misturado com toda a ideologia que carrego dentro de mim e todos os textos sobre o Amor que eu estou lendo pra fazer minha monografia, tomei a decisão de olhos tão abertos que praticamente se cortou o romantismo. Mas aprendemos que estamos juntos, sim, por amor, mas casamento é um “negócio” que deve-se manter os pés no chão.
Enfim, com a minha decisão de ficar e a estadia reaprendi a andar de bicicleta (quer coisa melhor?), eu sei que vocês devem estar pensando que andar de bicicleta não se esquece, mas eu reaprendi, porque eu aprendi de outra maneira, muito mais livre, muito mais confiante, como se ela fosse a única amiga que arrumei nesse tempo por aqui, a minha melhor amiga em Las Vegas: minha bicicleta!
Também aprendi que devemos ser radicais com o que há de ser, mas com comida temos que nos adaptar com o que temos (mas esse assunto vai entrar nos contras). Mas é a única coisa que devemos nos adaptar, pois o bem mais precioso que temos são os nossos valores e esse sim foi o maior dos aprendizados.
O valor dos meus valores: Depois de morar aqui, minha mãe se tornou muito mais que uma mãe, ela é minha heroína, pois sem tudo que ela me ensinou na vida eu não teria aguentado nem 10 dias e agradeci todos os dias a Deus por ter me dado essa mãe maravilhosa que me fez estudar inglês por toda minha vida e mesmo quando estávamos na maior pidaiba ela ainda dava um jeito de pagar o curso. Minha família se tornou meu bem mais precioso, porque eu realmente achava minha familia muito barulhenta, mas todo aquele barulho me fez uma imensa falta. E as minhas amigas, enfim, percebi que se uma pessoa não tem amigos, ela simplesmente não existe, me arrependi de cada briguinha boba que tive com cada uma delas, de cada vez que não fui a um encontro ou a uma festa, me arrependi de não ter dito que as amava todo dia, só pra elas saberem.
O melhor de toda essa experiência, a razão dela, que eu não poderia deixar de escrever aqui: meu marido, namorado, melhor amigo... enfim, essa pessoa incrível que divide comigo as alegrias e os problemas. Com ele eu aprendi que o amor é muito maior que as palavras, que amor é gestos de amor, são suas ações e não seu discurso. Tony é um homem de atitude, ele não esconde a verdade, nem tenta ganhar o mundo com palavras. Ele age de forma que o mundo se torne dele por merecimento. Ele não me diz te amo todas as noites, mas ele me ama em seus gestos todos os segundos. Não há jogos, especulações ou entrelinhas. Bom ou ruim, tudo estará as claras. Aprendi que a verdade é a melhor amiga de um relacionamento e que a liberdade é a base de tudo. E pra se sentir livre é preciso confiar, pra saltar do penhasco da vida é necessário ter alguem que você confie pra segurar sua mão, e esse foi o melhor presente que Las Vegas me deu: a liberdade de amar e confiar em alguém.

10 meses.....

Nesses 10 meses morando em Las Vegas eu tive boas e más experiencias, o melhor desse tempo foi ter esse blog pra escrever o que eu estava sentindo, pra compartilhar com tantas pessoas o meu dia a dia. Pois é, esse blog está chegando ao fim... porque tudo na vida tem que ter começo, meio e fim. E em 1 mês será o fim dessa fase gringa da minha vida.
Os próximos posts serão o balanço da minha estada por aqui e o que o futuro me reserva... Começarei então pelos pós dessa fase.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Quem nunca quis ser a bailarina?



De volta as minhas eternas referencias Buarquianas, me pergunto: Quem nunca quis ser a bailarina?
Tudo bem que a vida da bailarina, como consta na musica, parece um bocado monotona, mas temos que admitir que é muito bom viver um pouco a monotonia. Não gostaria de ser eternamente a bailarina, isso nunca! Preciso das minhas calcinhas velhas e dos problemas de familia... Mas a beleza da monotonia me faz falta...
Aquela celebre monotonia do domingo, quando se pede comida chinesa pro almoço só pra não ter que levantar do sofá. E ali come-se assistindo as maiores bobeiras que o domingo brasileiro apresenta na TV. Sem problemas, sem estresses, sem telefonemas, sem obrigações...
Tirando a monotonia da vida da bailarina, há também uma série de maravilhas, como não ter piolho, não acordar com remela, não ter marca de vacina ou unha encardida,nem precisar escovar os dentes ela precisa. A bailarina não tem medo,nem faz pecado...
A parte do pecado deve ser porque ela mora do lado debaixo do Equador, mas ai é outra musica...E que delicia pode ser essa vida sem remelas e piolhos!
Mas ao mesmo tempo, pobre bailarina, não teve primeiro namorado, nem calcinha velha, nem bigode de groselha, nem problemas na familia... Ah, qual é a graça da vida, então?! Volto a pensar que é sim monotona a vida da pobre menina.
Será que a bailarina tira férias da monotonia? Porque eu queria tirar férias do estresse! Ai eu podia trocar com ela, mas só um pouquinho... Ai eu ficava menos medrosa por uns dias, acordava linda, não teria problemas e ela poderia namorar um pouquinho, fazer uns pecadinhos... (essas coisas, que nós “não bailarinas” temos e fazemos o tempo todo)!

Afinal, procurando bem, todo mundo tem... e ela merece ter também!

domingo, 10 de maio de 2009

Para minha mae...




Um dos momentos mais emocionantes da minha vidinha mediocre foi quando eu voltei dos EUA, na primeira vez que vim passar 20 dias e meu irmao (no violao) e minha mae cantaram pra mim essa musica... e parece perfeita pro momento que estou vivendo agora... Pois acabo de descobrir que o mundo eh somente o bicho papao...

A minha mae, sempre transformou todos os momentos de dor em brincadeira, em docilidade... e me fez sua menininha o maximo que ela pode... e eh claro que pra ela eu sou sempre a menininha da musica do Toquinho...

Nesse dia das maes, longe dela, pela primeira vez em 27 anos, coloco aqui a musica que ela me ninou, a musica que aos 15 anos ela me recebeu da minha primeira viagem, a musica que aos 27 anos ainda faz muito sentido na minha vida...

E agradeco a ela, por tudo, pela mae maravilhosa, pelos seus ensinamentos, seus valores, sua luta... Por ter colorido a minha vida com lapis de cor e enchido a casa de musica e poesia! Pelo amor incondicional e todas as broncas...

Amo minha mae... esse dia e todos os dias do ano deveriam ser pra ela....

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Crescer é coisa de gente grande



Aqui estou olhando pra bagunça do chão do quarto, com as coisas espalhadas esperando que elas se organizem por si só como mágica...

Com a mudança vem o estresse. Definitivamente a Ana Livia calma, tranquila não mora mais em mim, to a ponto de ter um colapso nervoso... são esses 27 anos pesando nas minhas costas como 57, melhor 87... A pressão da mudança trouxe a tona traumas, dores, medos... coisas que estavam escondidas no baú dos meus pensamentos, e vieram todas ao mesmo tempo... me envelhecendo 50 anos em uma semana...

Fico aqui, olhar fixo pro chão, tentando adivinhar quais são as palavrinhas magicas pra fazer tudo se arrumar no chão e na minha cabeça.

Começar de novo da um medo, e sinto como se fosse começar pela primeira vez, porque agora é tudo a primeira vez, a primeira mudança, a primeira casa, a primeira vizinhança, a primeira vez morando definitivamente junto com alguém...

E quem não lembra do frio na barriga que deu no primeiro beijo, na primeira menstruação... é esse frio na barriga que to sentindo e que não me deixa em paz por um segundo... Afinal, é a primeira vez que to virando gente grande, e como toda primeira vez, não tem volta!

Ai, vem todos os traumas a tona... os medos... as inseguranças e da vontade de sumir.

Ontem sai no por do sol pra dar uma volta de bicicleta, colocar os pensamentos em ordem, mas ja tem 24 horas que eu voltei do meu passeio e os pensamentos ainda estão em plena desordem... Já fiz 1000 listas, já discuti o relacionamento 30 x, já tomei uns 10 banhos frios, já contei até 1000000 e nada... não tenho certeza de nada, não sei de nada... só sei que crescer é coisa de gente grande...

E quando eu tento ser gente grande acabo sendo chata, má, egoísta... Será que da pra ser gente grande com um pouquinho de criança ainda viva dentro de mim? É muito difícil encontrar o equilíbrio da vida, dos sentimentos... é muito difícil não acabar sendo exatamente aquilo que você disse a vida toda que não seria... é muito difícil não cometer os mesmos erros de nossos pais... é muito difícil não cometer erros...

Nossa, que papo pesado... todo mundo vai ler isso e querer me internar... mas quem não tem um pouco de louco não tem nada... Lucidez demais incomoda e enlouquece...

Hoje tava conversando com uma moça francesa, falando sobre a experiência de morar nos EUA... e juntas falamos "tortura mental"... é verdade... no Brasil não tinha muito tempo pra pensar no futuro, no passado, nos traumas... vivia o presente e ele me agradava. Aqui não há presente, só há passado e futuro. Quem veio pra cá de um outro país veio pensando num futuro melhor, quem mora aqui pensa em construir um futuro pros filhos, pra família... e assim vai se vivendo, pensando demais, pensando além e quase esquecendo do hoje...

Vejo na pracinha onde levo o bebe pra passear, as mães sempre unidas, falando dos planos dos maridos, dos planos pros filhos, dos planos de viagem, todas de costas pros filhos que brincam ali mesmo pertinho delas, que choram e elas não olham, que passam 10 minutos gritando manheee, e elas nem dão conta que estão perdendo o presente, estão perdendo aqueles momentos preciosos da pracinha, do dodoi, do colinho, da atenção...

Lembro que adorava, quando criança, chamar minha mãe de 5 em 5 minutos só pra dizer que a amava, e é claro que ela sabia que aquele manheee era só pra isso, mas ela nunca ignorou mesmo sabendo que não era nada sério, ela sempre olhou.

Acho que são essas fortes lembranças de uma infância tão gostosa, rodeada da minha família que não me deixa endurecer o coração e me deixa aqui parada olhando pras coisas no chão como se elas fossem meu futuro que eu não aprendi a organizar, misturado com a dor da saudade de um passado que não volta, rodeada de um presente doloroso que vivo sozinha num país onde todos só vislumbram o futuro.

Não sei por onde começar a arrumar. Não sei por onde começar a crescer.